quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Maktub

O homem sente que o tempo flui.
O homem sabe, que ainda que turvas, as respostas vem e vão.E que não existem normas específicas para vida e morte.
Morrer é no ato do romper do ciclo. A escolha daqueles que muito ouvimos falar e nada conhecemos. Pois eles, certos ou errados, mandantes ou encarregados, anjos ou demônios cortam nossas correntes. E nos levam de nós. Se termina ou se começa em outro canto...É pergunta milenar.
O homem sente que sua família, suas mãos e sua época são impregnados de outros nomes. Nomes dos quais não se lembra, mas a intuição aguça...Ele lembra do cheiro das romãs, do gosto da graviola e do toque de seus filhos de outrora.
Ele vê familiaridade na voz da jovem. Ele ouve pela segunda vez a mesma frase...ouviu quando a primeira?Ele desejou por tantas vezes aquele desejo e só lhe trouxeram tão depois...Um dia, o homem sente que encontrou o improvável, o absurdo, o extra-essencial. Ele sente então, o encontro do novo, e se recorda nitidamente que o novo é rastro preparado. Por mãos de quem?Ele sente que os passos rumo ao extemporâneo o desafiam. Porque ainda que contido, o homem sente o quão além de nós mesmos estamos nós.

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